terça-feira, 11 de outubro de 2011

Gestão no Esporte – Falta de planejamento, dinheiro público e interesses pessoais na organização dos mega eventos esportivos no Brasil

Publicado em 06/06/2011 por LUCZ consultoria em esporte


O Brasil desperdiça a grande chance de dar um salto qualitativo tanto em infra-estrutura básica, quanto em políticas públicas para o desenvolvimento do esporte no país. Principalmente por incompetência, falta de planejamento e principalmente interesses pessoais dos nossos dirigentes políticos e esportivos.

Interesses pessoais como sabemos e bem comentados por vários jornalistas, como no artigo escrito pelo Sr. Augusto Nunes, “Os brasileiros caíram no conto da Copa”, a seguir:

“Três anos e meio depois da discurseira, está claro que os brasileiros foram vítimas do conto da Copa. Lula queria transformar a festa esportiva em trunfo eleitoreiro. Ricardo Teixeira queria ampliar o cacife para disputar a presidência da FIFA ─ e continuar prosperando. Orlando Silva também queria continuar prosperando…” Augusto Nunes

Falta de planejamento porque ao venderem muito bem o sonho da Copa e Olimpíadas, ninguém consultou a iniciativa privada para saberem da viabilidade econômica dos projetos, tanto das necessidades de infra-estrutura, como ampliação de aeroportos, transportes, comunicação, etc, quanto das arenas a serem construídas, fato gritante é que poucas arenas tem seus projetos executivos aprovados e finalizados, o que existe são belas maquetes e filmes ilustrativos, muito menos ainda se pensou em consultar os futuros gestores ou administradores destas arenas para participarem dos projetos e ajudarem a torna-las mais viáveis financeiramente e oferecerem a melhor gama de serviços possíveis, leia mais em Desafio da gestão esportiva – Como gerar lucro com as Arenas da Copa do Mundo do Brasil em 2014?.
O uso de dinheiro público para melhoria da infra-estrutura das cidades seria mais que uma obrigação do poder público mesmo sem mega-eventos, estes deveriam servir como uma força motivadora para realização das melhorias no país porém o que vemos é o nosso dinheiro, o dinheiro público sendo destinados a interesses privados, e o que é pior os custos aumentarão significativamente e elefantes brancos serão construídos onde não há público para sustentar a fome de recursos destes.

Para lembrar:

“Em 15 de junho de 2007, numa cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula avalizou com um sorriso e aprovadores movimentos de cabeça o palavrório de Ricardo Teixeira, comandante perpétuo da CBF. “A Copa do Mundo é um evento privado”, garantiu o supercartola. “O melhor da Copa do Mundo é que é um evento que consome a menor quantidade de dinheiro público do mundo. O papel do governo não é de investir, mas de ser facilitador e indutor…



Quatro meses depois, Teixeira repetiu no Rio a manifestação de apreço pelos pagadores de impostos. “Faço questão absoluta de garantir que a Copa de 2014 será uma Copa em que o poder público nada gastará em atividades desportivas”. Em 4 de dezembro de 2007, também no Rio, o ministro do Esporte, Orlando Silva, oficializou a promessa com o aval de Lula: “Os estádios para a Copa do Mundo serão construídos com dinheiro privado. Não haverá um centavo de dinheiro público para os estádios.” Augusto Nunes.

Como bem disse o Sr. Ricardo Araújo, sobre o uso de capital privado:
“Mas não é, nunca foi, e tão cedo não será. Nem no Brasil, nem em parte alguma do mundo, à exceção dos Estados Unidos. Esse é o único lugar em que existe capital privado, em quantidade e interesse, para “bancar” um mega evento esportivo com um mínimo de recursos públicos…

Nos últimos 30 anos apenas duas edições dos Jogos Olímpicos foram “privadas”. Los Angeles e Atlanta (essa última considerada a pior Olimpíada da era moderna) . As demais utilizaram 100% de recursos do Estado. Londres inclusive. Em termos de Copas do Mundo, apenas uma foi realizada com recursos quase todos privados. 1994. A Alemanha conseguiu uma pequena proeza, com 32% de recursos privados.

O grande problema é que nossos gestores públicos são incompetentes. Via de regra são pelegos indicados por conveniências político-partidárias e não por suas qualidades como gestores, esportivos especialmente. Não entendem de planejamento estratégico, nem de gestão de projetos, sendo incapazes de elaborar um projeto executivo, ou de gerir um equipamento esportivo.” Ricardo Araujo.
Para finalizar, fica a pergunta, qual a política pública para o desenvolvimento do esporte no Brasil?

Nós já sabíamos, agora o TCU endossa o nosso conhecimento:

“TCU constata falta de metas para o esporte

O relatório do Tribunal de Contas da União sobre o último ano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, divulgado na quarta-feira, analisou, também, os programas do Ministério do Esporte, entre eles os de alcance popular.
Relato


“Constatou-se, entre outros problemas, grande contingente de crianças e jovens sem acesso à iniciação da prática esportiva, inexistência de um sistema de encaminhamento de talentos esportivos, insuficiência de escolas de prática esportiva, entre outros”, diz o TCU. José Cruz.

Participe, comente, compartilhe.


Abrs!


Luis Carlos De Santana.
http://luczconsultoria.wordpress.com/2011/06/06/gesto-no-esporte-falta-de-planejamento-dinheiro-pblico-e-interesses-pessoais-na-organizao-dos-mega-eventos-esportivos-no-brasil-2/

Estádios para Copa de 2014




Estádios para Copa de 2014


Fonte: Meio & Mensagem



PONTO DE VISTA SOBRE OS ESTÁDIOS PARA A COPA DE 2014

Por Amir Somoggi - Diretor de Consultoria em Gestão Esportiva da BDO

O momento atual, em que as obras para os estádios da Copa de 2014 caminham lentamente, faz com que a opinião pública questione se a Copa de 2014 será um sucesso ou fracasso. Em minha opinião o mercado brasileiro já perdeu uma grande oportunidade de atrair investimentos privados para a construção de novas arenas.

O investimento de grupos privados na execução de projetos em megaeventos mostrou, em diferentes países, ser essencial para gerar um efeito multiplicador dos investimentos realizados na economia. Os setores que podem participar da construção e reforma dos estádios são: mercado imobiliário e construção civil; indústria do turismo e mercado hoteleiro; telecomunicações e TI; varejo; instituições financeiras; mercado do futebol e outros segmentos, que podem se beneficiar indiretamente.

Entretanto para atrair empresas privadas, o projeto de viabilidade das arenas deve conter uma análise de retorno sobre investimento adequando a oferta do empreendimento à realidade da demanda local. Além disso, o conceito mais bem sucedido de arenas multiuso no mundo envolve um ou mais times mandando seus jogos no estádio, fazendo com que cada partida realizada tenha um alto valor agregado em geração de receitas. Adicionalmente, deve conter a tendência de se converter em uma Arena 24/7, com atividades 24 horas, 7 dias por semana.

Assim a participação em quase a sua totalidade de recursos públicos para a construção dos estádios foi uma grande falha no projeto para a Copa de 2014 e infelizmente não trará os benefícios que os recursos privados no financiamento de novas arenas trouxeram, por exemplo, para a Alemanha. O futebol alemão se fortaleceu financeiramente graças aos quase 70% de participação privada na construção e reforma de seus estádios para a Copa de 2006.

O que podemos esperar são muitos elefantes brancos, financiados por recursos públicos, cujo objetivo é muito mais político do que econômico.

A Copa de 2014 será um sucesso, mas, após o Mundial, acredito que estaremos mais para a África do Sul que para a Alemanha.


Mesmo o Brasil sendo a bola da vez da economia mundial.

Postado por Victor Lima

22 e 23 de outubro começa nova Turma de Gestão No Esporte na Faculdade Sogipa


Professores já confirmados no Curso - Dr. Élio S. Praia Carravetta;  Esp. Diretor de Marketing do Inter Jorge A. Avancini e Dr. Alberto Reppold Filho da ESEF UFRGS.